- Sienna, você está com ciúmes do Markus?
Ela fuzilou a amiga.
- Claro que não. Que coisa idiota pra se dizer.
- E como você explica o ataque que você deu cinco minutos atrás? - Ela levantou as sobrancelhas - Ou o ataque foi por causa do George?
- Você bebeu? - Ela consultou o relógio - A esta hora? Tracy, é melhor parar com o whisky.
A morena revirou os olhos.
- Sabe, assumir que gosta de alguém não é assim tão ruim.
- O que você quer dizer com isso?
- Nada, Sienna, não quis dizer nada.
Às vezes era preciso tratá-la como uma criança birrenta, era preciso paciência e tato, muito tato.
- Vai ficar aí, Sienna?
Ela balançou a cabeça negativamente e ambas caminharam pelas divisórias da redação. Sienna rapidamente pegou seu sobretudo e a bolsa.
- Diz ao Mark que vou arrumar as minhas malas e volto quando o mistério acabar. - Ela se virou e deu alguns passos, virou-se novamente para Tracy - Ou melhor, não diga nada, deixe ele pensar que eu morri.
Com passos pesados ela se afastou quase correndo.
"Ah, Sienna, você não tem jeito mesmo."
Andou até o estacionamento imersa em pensamentos, que desapareceram logo após subir em sua moto. Sempre gostara do perigo, da adrenalina e de viver sua vida como bem entendera. Quando era mais nova, tinha vivido diversas aventuras, viajado para muitos países e trabalhado nas mais estranhas profissões.
Tinha viajado para a California, Madri, Paris entre tantas outras capitais. Mas vivera mais tempo em Nova York e já até tinha ido para Las Vegas. Ela riu, deu a partida na moto e deixou o estacionamento.
