- Vá embora, Sienna!
- Não vou, abra esta maldita porta! Mas que diabo!
Uma senhora do apartamento ao lado colocou a cabeça do lado de fora da porta e a encarou.
- Vamos lá, Dana. Não precisava ter me expulsado de casa! Aquele cara era só diversão, eu amo você!
A loira abriu a porta lentamente.
- Mas de que merda você está falando?
A repórter, porém, apenas a empurrou para o lado e entrou no apartamento com suas malas, depois de se acomodar, olhou novamente para a velha amiga.
- Não era nada, era só para forçá-la a abrir a porta e fazer a sua vizinha parar de me encarar.
O sotaque britânico tinha desaparecido por completo e ela retirou sua jaqueta. Os tempos de Nova York ainda afloravam na sua mente, tempo divertidos, homens engraçados e danças sensuais.
- O que você quer aqui, Sienna? - Enquanto falava, acendia um cigarro - Quer? - Ela inclinou o maço de cigarros para a ruiva, que apenas pegou um e o acendeu.
- Quero algumas informações. Não vou interferir em nada na sua vida.
- Informações? Acha que vou dar uma de fofoqueira? Não mesmo.
- Estou disposta a pagar, Dana. - Ela mostrou algumas notas de cem dólares -Vamos lá, pelos velhos tempos. Pela nossa amizade?
A loira olhou desconfiada para o dinheiro na mão de sua antiga amiga e o pegou.
- O que você quer saber? Já disse que não sei nada sobre esse assassino que você me perguntou.
- Aquele cara do FBI que costumava ir à boate. Era seu cliente, não é?
A loira balançou a cabeça.
- Sienna, no que está se metendo agora?
- Só quero uma boa matéria para o jornal.
- Deus, agora se mete com assassinos! Não acreditei quando você ligou. - Ela tragou o cigarro em sua mão e pensou um pouco - Eu posso ter o telefone dele, já volto.
Sienna viu sua amiga se afastar e tragou o cigarro, pensando que Dana continuava a mesma. Talvez ainda fosse stripper. Ela ouviu quando a loira voltou à sala.
- Tenha cuidado com esse cara. Ele não vai falar muito.
Ela assentiu com a cabeça.
- Tequila ou vodca?
- Tequila.
A ruiva sorriu.
- Obrigada, Dana. Eu volto mais tarde. Ainda tem o meu quarto vago?
- Tenho. Ninguém quer aquele quarto, é tão estranho quanto você.
Ambas sorriram de novo e a repórter tomou novamente a porta, saindo para a rua.
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