- Dança? - Ele repetiu enquanto era carregado para uma das mesas com barras. - Scarlett? O que você está aprontando?
- Fique quieto - Ela o fez se sentar no banco acolchoado que rodeava a mesa e subiu na plataforma que sustentava a barra - Ela é uma amiga minha. Digamos que ela seja contrária à sua presença aqui. - Ela começou a dançar em volta da barra, fazendo movimentos sensuais e insinuantes. - E se ela souber que eu estou ajudando você que, coincidentemente, frequenta essa boate, me mataria. - Continuava a dança, de olho em Dana, que os observava do bar - Ela está olhando, me pague.
- O quê? Eu vou ter que pagar?
- Pega qualquer nota! - Ela se segurou na barra, com as mãos para trás, e se ajoelhou, inclinando a cabeça para trás.
O agente hesitou, não estava muito à vontade com a situação, mas pegou uma nota de vinte dólares e, desajeitadamente, a colocou dobrada na lateral da parte inferior de seu biquini bordado.
- Você não parece uma novata nesse mundo, Scarlett.
Ela sussurrava enquanto dançava.
- E você parece bem familiar com as coisas aqui.
- Os rapazes do trabalho vêm aqui. - Ele disse displicente enquanto apoiava os cotovelos na plataforma onde Sienna dançava.
- Eu dancei aqui anos atrás, era amiga de Gwen, a menina que morreu pelas mãos do nosso querido serial killer.
- Meus pêsames.
- Por isso eu quero participar da investigação.
Dana não os olhava mais, ela desceu da plataforma e se sentou do lado dele.
- E como você pode me ajudar?
- Eu tenho um QI acima da média. Ganhei uma bolsa no MIT aos treze anos, com oito já falava alemão fluentemente e aos nove eu já resolvia contas de física avançada.
- Ok, considero você minha parceira nesse caso.
Eles apertaram as mãos, e Oliver saiu, deixando-a sozinha sob os olhares lascivos dos frequentadores da boate..
29.3.10
Capítulo 25
Após fazer a sua dança, ela desceu do palco, se dirigindo ao bar. Ela sorriu para a atendente do bar.
- Um Black Watch.
A atendente não demorou muito para trazer seu drinque, e do bar, ela observou todos à sua volta. O assassino ainda podia frequentar a boate, poderia estar ali, mas não sabia como era. Embora, agora, tivesse a certeza de que era um homem frio e extremamente calculista, que planejava tudo com antecedência. Deve tê-la cortejado, comprado drinques para ela, pedido danças individuais.
- Oi.
Ela olhou para o jovem que estava parado ao seu lado. Não devia ter mais do que vinte anos e deveria ser uns cinco centímetros mais baixo que ela. As sardas espalhada pelo rosto e os olhos azuis o faziam parecer ainda mais novo.
- Não - Ela respondeu de imediato.
- Eu estava pensando se você...
- Não.
- Mas eu tenho dinheiro, olha.
- Não.
- Mas...
- Olha garoto, vamos ser sinceros. Eu duvido que você tenha mais de dezoito anos, aposto que juntou o dinheiro da mesada e veio se divertir com seus amiguinhos idiotas, que devem estar nos observando agora mesmo, mas se não me deixar em paz eu chamo o segurança e ele chuta você para fora daqui, ok?
- O-ok.
- Agora cai fora.
O garoto saiu tropeçando e quase correu para longe dela. Não estava a fim de lidar com garotos, muito menos adolescentes cheios de hormônios. Agora não precisava de dinheiro, logo também não precisava dançar para estranhos. De repente uma voz conhecida soou atrás de si.
- Nada sutil, hein?
- Ah, Agente Stone.
Ela seguiu o olhar do agente do FBI, que estava fixo em seu sutiã de pedraria. Ele logo desviou os olhos verdes para os olhos da ruiva.
- Pensei que fosse repórter.
- E sou, uma ótima repórter investigativa.
- Está investigando?
Novamente seu olhar contornou as curvas da repórter.
- Sim, não parece?
- Definitivamente não.
- Uma das vítimas de cinco anos atrás trabalhou aqui. Estou interrogando as pessoas.
- Sério? - As sobrancelhas se arquearam sarcasticamente - Eu só vi você dar um fora em um pobre garoto que queria se divertir.
Ela se preparou para retrucar, mas Dana lhe pegou pelo braço e logo, olhou para Oliver.
- Ah, me desculpe, Scarlett, não sabia que estava com um cliente.
Ela quase se desesperou, não queria que Dana descobrisse que Oliver era o agente do FBI que ela estava ajudando.
- Claro, não foi nada. Vamos, Oliver?
A confusão perpassou os olhos dele.
- Vamos?
- É, para a sua dança.
- Um Black Watch.
A atendente não demorou muito para trazer seu drinque, e do bar, ela observou todos à sua volta. O assassino ainda podia frequentar a boate, poderia estar ali, mas não sabia como era. Embora, agora, tivesse a certeza de que era um homem frio e extremamente calculista, que planejava tudo com antecedência. Deve tê-la cortejado, comprado drinques para ela, pedido danças individuais.
- Oi.
Ela olhou para o jovem que estava parado ao seu lado. Não devia ter mais do que vinte anos e deveria ser uns cinco centímetros mais baixo que ela. As sardas espalhada pelo rosto e os olhos azuis o faziam parecer ainda mais novo.
- Não - Ela respondeu de imediato.
- Eu estava pensando se você...
- Não.
- Mas eu tenho dinheiro, olha.
- Não.
- Mas...
- Olha garoto, vamos ser sinceros. Eu duvido que você tenha mais de dezoito anos, aposto que juntou o dinheiro da mesada e veio se divertir com seus amiguinhos idiotas, que devem estar nos observando agora mesmo, mas se não me deixar em paz eu chamo o segurança e ele chuta você para fora daqui, ok?
- O-ok.
- Agora cai fora.
O garoto saiu tropeçando e quase correu para longe dela. Não estava a fim de lidar com garotos, muito menos adolescentes cheios de hormônios. Agora não precisava de dinheiro, logo também não precisava dançar para estranhos. De repente uma voz conhecida soou atrás de si.
- Nada sutil, hein?
- Ah, Agente Stone.
Ela seguiu o olhar do agente do FBI, que estava fixo em seu sutiã de pedraria. Ele logo desviou os olhos verdes para os olhos da ruiva.
- Pensei que fosse repórter.
- E sou, uma ótima repórter investigativa.
- Está investigando?
Novamente seu olhar contornou as curvas da repórter.
- Sim, não parece?
- Definitivamente não.
- Uma das vítimas de cinco anos atrás trabalhou aqui. Estou interrogando as pessoas.
- Sério? - As sobrancelhas se arquearam sarcasticamente - Eu só vi você dar um fora em um pobre garoto que queria se divertir.
Ela se preparou para retrucar, mas Dana lhe pegou pelo braço e logo, olhou para Oliver.
- Ah, me desculpe, Scarlett, não sabia que estava com um cliente.
Ela quase se desesperou, não queria que Dana descobrisse que Oliver era o agente do FBI que ela estava ajudando.
- Claro, não foi nada. Vamos, Oliver?
A confusão perpassou os olhos dele.
- Vamos?
- É, para a sua dança.
Capítulo 24
Quase seis anos haviam se passado, mas o Red Sign continuava o mesmo. A pouquíssima luz e a névoa estavam em todo o canto, aqui e ali haviam algumas mesas com barras próprias para danças individuais. À esquerda haviam um extenso bar e no final do salão um grande palco, onde as meninas se apresentavam antes de serem chamadas por um dos clientes para algo mais "privado". Claro que aceitava quem quisesse, Sienna nunca aceitou ir para um carro ou um hotel, estava apenas se divertindo ali.
Ted, ou Big-T, o segurança, continuava gordo como sempre, mas longe de ser cômico, só lhe dava um ar mais ameaçador. Ele a abraçou e quase quebrou todos os seus ossos. A ruiva nunca foi baixa, de fato, tinha 1,77m de altura, mas Big-T, do alto de seus 1,98m acabava com toda a sua pompa.
Não conhecia as novas garotas, não que esperasse que as antigas colegas de trabalho continuassem lá, mas seria bom ver rostos amigos.
- O que faz aqui, Scarlett? Você sumiu daqui sem avisar.
Ela sorriu, enquanto destacava os lábios com um batom tão vermelho quanto sangue.
- Eu estava fazendo um mochilão pelo mundo - Ela deu de ombros - Quando eu consegui o dinheiro necessário pra partir, fui embora. Não quis me despedir, seria muito... Patético. - Sorriu e olhou o resultado no espelho. Estava sexy, vestida em roupas provocantes, extremamente maquiada, conseguia sentir a atmosfera do lugar novamente. - Como estou, Ted?
- Linda.
- E...?
- Como sempre.
Ela sorriu para o segurança.
- Você é o melhor, Big T.
Ele sorriu.
- Que isso...
Ela olhou em volta, estavam a sós no camarim e ela poderia fazer as perguntas que queria.
- Sabe, eu senti falta da Gwen...
- É, foi muito ruim ela sumir, eu gostava daquela garota.
- Todos nós. - Ela ajeitou os seios no sutiã bordado em pedraria - Quando ela sumiu mesmo?
- Tem cinco ou seis anos, não sei.
- Claro, parece que foi ontem. Mas... Você se lembra dela naquela noite? Quando ela sumiu?
Ele pareceu pensar um pouco, e enquanto esperava, Sienna acendeu um cigarro e o levou à boca, tragando-o.
- Parece que um dos clientes havia chamado ela para um hotel. Era um hotel caro sabe? Não me lembro bem.
A ruiva expirou a fumaça.
- Caro, é? Tipo, Plaza?
- É, algo tipo o Plaza.
- A grana deve ter sido boa.
Ele tomou o cigarro das mãos dela e o apagou.
- Tão boa que ela nunca mais voltou.
- É... Ela disse o nome do cara?
- Acho que ela não se importou com isso, você lembra dela.
- Lembro.
Eles ficaram em silêncio por pouco tempo, até a cabeça loira de Dana aparecer na porta do camarim.
- Scarlett, sua vez.
Ted, ou Big-T, o segurança, continuava gordo como sempre, mas longe de ser cômico, só lhe dava um ar mais ameaçador. Ele a abraçou e quase quebrou todos os seus ossos. A ruiva nunca foi baixa, de fato, tinha 1,77m de altura, mas Big-T, do alto de seus 1,98m acabava com toda a sua pompa.
Não conhecia as novas garotas, não que esperasse que as antigas colegas de trabalho continuassem lá, mas seria bom ver rostos amigos.
- O que faz aqui, Scarlett? Você sumiu daqui sem avisar.
Ela sorriu, enquanto destacava os lábios com um batom tão vermelho quanto sangue.
- Eu estava fazendo um mochilão pelo mundo - Ela deu de ombros - Quando eu consegui o dinheiro necessário pra partir, fui embora. Não quis me despedir, seria muito... Patético. - Sorriu e olhou o resultado no espelho. Estava sexy, vestida em roupas provocantes, extremamente maquiada, conseguia sentir a atmosfera do lugar novamente. - Como estou, Ted?
- Linda.
- E...?
- Como sempre.
Ela sorriu para o segurança.
- Você é o melhor, Big T.
Ele sorriu.
- Que isso...
Ela olhou em volta, estavam a sós no camarim e ela poderia fazer as perguntas que queria.
- Sabe, eu senti falta da Gwen...
- É, foi muito ruim ela sumir, eu gostava daquela garota.
- Todos nós. - Ela ajeitou os seios no sutiã bordado em pedraria - Quando ela sumiu mesmo?
- Tem cinco ou seis anos, não sei.
- Claro, parece que foi ontem. Mas... Você se lembra dela naquela noite? Quando ela sumiu?
Ele pareceu pensar um pouco, e enquanto esperava, Sienna acendeu um cigarro e o levou à boca, tragando-o.
- Parece que um dos clientes havia chamado ela para um hotel. Era um hotel caro sabe? Não me lembro bem.
A ruiva expirou a fumaça.
- Caro, é? Tipo, Plaza?
- É, algo tipo o Plaza.
- A grana deve ter sido boa.
Ele tomou o cigarro das mãos dela e o apagou.
- Tão boa que ela nunca mais voltou.
- É... Ela disse o nome do cara?
- Acho que ela não se importou com isso, você lembra dela.
- Lembro.
Eles ficaram em silêncio por pouco tempo, até a cabeça loira de Dana aparecer na porta do camarim.
- Scarlett, sua vez.
