Ela fizera Oliver parar no apartamento de Dana e pegou suas malas, desconfiava que, a partir de agora, andaria com elas sempre organizadas. Naquele momento, lia um romance policial, enquanto tentava não pensar na próxima vítima. Tentava não imaginar Tracy morta e desfigurada.
O voo era realmente rápido e chegara em Londres antes de poder se acostumar aos personagens do livro. Alguns homens uniformizados da Scotland Yard os aguardavam para levá-los à cena do crime. Não se sentia confortável, de modo algum, tampouco Oliver.
Entrar em parceria com a Scotland Yard era... Perigoso, definitivamente. Mas era a condição caso quisesse investigar o crime em solo britânico. Também não tinha sua arma ou autoridade, embora a inspetora com quem havia entrado em contato tivesse lhe garantido que ele teria uma arma, só por precaução.
De longe, conseguira enxergar a cena do crime. A janela de um apartamento estava ensanguentada, e havia policiais à volta de todo o prédio.
Eles desceram do carro, Sienna rejubilou-se por haver, finalmente, se afastado de Oliver. Ela adentrou a cena do crime e foi detida por um dos homens.
- Não se preocupem, ela está comigo.
E ainda fora obrigada a ouvir que estava sob a proteção dele, o dia não podia ficar pior, realmente. Eles entraram juntos, e a inspetora encarregada logo se encaminhou até onde estavam. Ela acabara de tornar seu dia muito pior.
A mulher era mediana, magra e com curvas suaves, os cabelos loiros presos em um coque mal feito, e olhos verdes tão penetrantes que era possível se desconcertar, só de encará-los. Mas ela não se importava, continuava a encarar os olhos verdes da mulher, que fechou a expressão quando a viu. Nunca esqueceria seu rosto, jamais esqueceria dela.
- Inpetora Amy Ambrosio.
- Agente Oliver Stone. Essa é minha parceira, Sienna Strife.
As duas mulheres se encararam, mais uma vez.
- Sienna.
- Amy.
O ar parecia pesar toneladas.
- Vocês se conhecem?
As duas responderam em uníssono.
- Infelizmente.
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19.4.10
Capítulo 35
Ele não disse uma palavra até chegar ao carro, sentia o olhar de Sienna lhe atravessar feito uma faca e depois ouviu seu suspiro.
- Você é tão burro.
Também não se sentia nada bem por ter arruinado uma investigação, seu primeiro grande caso e sua parceira era uma jornalista ex-stripper e que apanhara de um cara como Barry Johnson, mas o comentário de Sienna fora a gota d'água.
- Eu estava defendendo você e ainda me chama de burro?
- Eu não me lembro de ter te pedido pra me defender.
- Você... - Estava sem palavras, como ela podia ficar tão indiferente? Arruinaram o interrogatório de um suspeito em potencial e ele ainda poderia estar sob ameaça.
Ela suspirou delicadamente e se virou para ele.
- Barry me deu um soco no rosto, me segurou pelo cabelo e quase me obrigou a fazer algo do qual eu poderia me arrepender pelo resto da minha vida. Ele foi expulso da boate e Teddy e alguns amigos bateram nele no beco atrás da boate. Ele nunca mais voltou à boate, mas, aparentemente, continuava saindo com as meninas de lá. Satisfeito?
- Você não deu queixa?
- Ah, claro. E manchar o nome da minha família? "Olha, eu, Sienna Strife, estava dando uma de stripper e um cara me bateu e quase me estuprou, mas não se preocupem o segurança gigante da boate onde eu trabalho deu uma surra no cara." Não ia dar certo.
Ele pensou por alguns momentos.
- Sua família é importante?
- Meu pai teve uma longa carreira política, minha mãe era cantora lírica. Meu sobrenome é bem conhecido por lá.
- Entendo.
Nenhum dos dois estava de bom humor, Oliver foi o primeiro a falar.
- Tem um bar legal por aqui, se quiser a gente pode tomar uma cerveja.
- É, pode ser.
O lugar era bem melhor que muitos bares em New York, mas estava longe de ser sofisticado, embora ela realmente não estivesse se importando. Ali, ela poderia relaxar, parar de pensar sobre assassinos, modus operandi, Barry Johnson e outras coisas. Beberia uma cerveja, tentaria conversar civilizadamente com Oliver e iria para casa.
Ela parou no meio do caminho, estava sem cigarros.
- Vá na frente. - Disse a Oliver. - Vou comprar cigarros e te encontro lá.
Mal teve tempo de comprá-los, Oliver a chamou com uma péssima expressão no rosto.
- Vamos.
- Mas...
- Ocorreu outro assassinato, dessa vez em Londres, acabaram de achar o corpo.
- Ótimo, realmente ótimo.
Ambos entraram no carro.
- Você é tão burro.
Também não se sentia nada bem por ter arruinado uma investigação, seu primeiro grande caso e sua parceira era uma jornalista ex-stripper e que apanhara de um cara como Barry Johnson, mas o comentário de Sienna fora a gota d'água.
- Eu estava defendendo você e ainda me chama de burro?
- Eu não me lembro de ter te pedido pra me defender.
- Você... - Estava sem palavras, como ela podia ficar tão indiferente? Arruinaram o interrogatório de um suspeito em potencial e ele ainda poderia estar sob ameaça.
Ela suspirou delicadamente e se virou para ele.
- Barry me deu um soco no rosto, me segurou pelo cabelo e quase me obrigou a fazer algo do qual eu poderia me arrepender pelo resto da minha vida. Ele foi expulso da boate e Teddy e alguns amigos bateram nele no beco atrás da boate. Ele nunca mais voltou à boate, mas, aparentemente, continuava saindo com as meninas de lá. Satisfeito?
- Você não deu queixa?
- Ah, claro. E manchar o nome da minha família? "Olha, eu, Sienna Strife, estava dando uma de stripper e um cara me bateu e quase me estuprou, mas não se preocupem o segurança gigante da boate onde eu trabalho deu uma surra no cara." Não ia dar certo.
Ele pensou por alguns momentos.
- Sua família é importante?
- Meu pai teve uma longa carreira política, minha mãe era cantora lírica. Meu sobrenome é bem conhecido por lá.
- Entendo.
Nenhum dos dois estava de bom humor, Oliver foi o primeiro a falar.
- Tem um bar legal por aqui, se quiser a gente pode tomar uma cerveja.
- É, pode ser.
O lugar era bem melhor que muitos bares em New York, mas estava longe de ser sofisticado, embora ela realmente não estivesse se importando. Ali, ela poderia relaxar, parar de pensar sobre assassinos, modus operandi, Barry Johnson e outras coisas. Beberia uma cerveja, tentaria conversar civilizadamente com Oliver e iria para casa.
Ela parou no meio do caminho, estava sem cigarros.
- Vá na frente. - Disse a Oliver. - Vou comprar cigarros e te encontro lá.
Mal teve tempo de comprá-los, Oliver a chamou com uma péssima expressão no rosto.
- Vamos.
- Mas...
- Ocorreu outro assassinato, dessa vez em Londres, acabaram de achar o corpo.
- Ótimo, realmente ótimo.
Ambos entraram no carro.
Capítulo 34
Ela não deu ouvidos, sentou-se ao lado de Oliver, mesmo que a ideia a desgostasse, ficar em uma sala sozinha com Johnson e Stone, persistiria para achar o assassino. Ou, pelo menos, ferrar Barry Johnson. Sentia o olhar penetrante de Johnson enquanto ouvia sua voz rouca e extremamente irritante, tudo naquele homem lhe desgostava e lhe enojava.
Oliver não deixara de reparar o nojo com que Sienna olhara para Johnson, ela realmente o odiava. Mesmo que não pudesse imaginar Barry Johnson, baixo e robusto, bater em uma mulher como Sienna, e se o fez, ele tinha certeza que havia sofrido as devidas consequências.
Também não gostara do sujeito. Era autoconfiante até demais e seu modo esnobe de falar o faziam querer matá-lo, mas manteve-se calmo e indiferente.
- Sr. Johnson.
- Me chame de Barry. - Ele o interrompeu. - Estamos entre amigos, não é?
- Não, Johnson, não estamos. - O tom de voz de Sienna era áspero e seco.
Ele a olhou, com seu sorriso cínico.
- Sabe o que me incomoda, Scarlett? É vê-la com um agente do FBI, seis anos depois de sumir do Red Sign, vestida como uma mulher digna e me perguntando sobre Gwen.
- E o que me incomoda é saber que, ao passo de que eu mudei tanto, você continua o mesmo canalha burro e babaca de sempre. Responda as perguntas do agente Stone, sem mentir, e eu deixo você com a sua vidinha patética e suja, seu verme .
A gargalhada dele era ainda mais perturbadora.
- Olha aqui, baixinho, fale assim com a Srta. Valentine de novo e você perderá os dentes desse sorriso de Coringa, ouviu?
Ele arregalou os olhos quando Stone o pegou pelo colarinho da camisa e lhe puxou por cima da mesa.
- O que é, Johnson? Só bate em mulheres? Quando um homem de verdade te ameaça você fica com medo?
O homem caricato e engraçado deu lugar ao empresário frio e controlado.
- Meça bem as suas palavras, agente Stone. Não sabe o que está falando e nessa cidade coisas ruins podem acontecer com quem fala demais.
- Está me ameaçando, Johnson?
- Não falo mais nada, a não ser que eu seja acusado de alguma coisa ou esteja na presença do meu advogado. Agora vão embora.
Sienna se levantou e chamou Oliver, que continuava a encarar Barry com olhos ardentes.
- Vamos, Stone, não vale a pena sujar as mãos com esse merda.
Ela puxou Oliver pelo braço e o levou pela sala.
Oliver não deixara de reparar o nojo com que Sienna olhara para Johnson, ela realmente o odiava. Mesmo que não pudesse imaginar Barry Johnson, baixo e robusto, bater em uma mulher como Sienna, e se o fez, ele tinha certeza que havia sofrido as devidas consequências.
Também não gostara do sujeito. Era autoconfiante até demais e seu modo esnobe de falar o faziam querer matá-lo, mas manteve-se calmo e indiferente.
- Sr. Johnson.
- Me chame de Barry. - Ele o interrompeu. - Estamos entre amigos, não é?
- Não, Johnson, não estamos. - O tom de voz de Sienna era áspero e seco.
Ele a olhou, com seu sorriso cínico.
- Sabe o que me incomoda, Scarlett? É vê-la com um agente do FBI, seis anos depois de sumir do Red Sign, vestida como uma mulher digna e me perguntando sobre Gwen.
- E o que me incomoda é saber que, ao passo de que eu mudei tanto, você continua o mesmo canalha burro e babaca de sempre. Responda as perguntas do agente Stone, sem mentir, e eu deixo você com a sua vidinha patética e suja, seu verme .
A gargalhada dele era ainda mais perturbadora.
- Olha aqui, baixinho, fale assim com a Srta. Valentine de novo e você perderá os dentes desse sorriso de Coringa, ouviu?
Ele arregalou os olhos quando Stone o pegou pelo colarinho da camisa e lhe puxou por cima da mesa.
- O que é, Johnson? Só bate em mulheres? Quando um homem de verdade te ameaça você fica com medo?
O homem caricato e engraçado deu lugar ao empresário frio e controlado.
- Meça bem as suas palavras, agente Stone. Não sabe o que está falando e nessa cidade coisas ruins podem acontecer com quem fala demais.
- Está me ameaçando, Johnson?
- Não falo mais nada, a não ser que eu seja acusado de alguma coisa ou esteja na presença do meu advogado. Agora vão embora.
Sienna se levantou e chamou Oliver, que continuava a encarar Barry com olhos ardentes.
- Vamos, Stone, não vale a pena sujar as mãos com esse merda.
Ela puxou Oliver pelo braço e o levou pela sala.
Capítulo 33
- Por que Barry Johnson, Strife? Por que não investigarmos Michael Gonzalez?
- Porque duvido muito que ele possa nos ajudar do inferno.
- Inferno?
Estava transtornada, havia perdido o autocontrole que exercera durante vários anos.
- Por que você não entra logo na porra do carro?
Ele se aproximava dela lentamente.
- Em quem ele bateu, Sienna?
- Como vou saber? - Ela contraiu os ombros e tentou dar as costas para ele, mas Stone a segurou pelo braço, delicadamente.
- Ele bateu em você, Sienna?
- Não!
O grito a denunciou mais do que seu comportamento.
- Ele te bateu, não foi?
Ela levantou o queixo.
- E se foi em mim? O que você vai fazer? - Ao observar que ele estava sem reação, ela acrescentou. - Vamos logo pegar esse bastardo.
- Sienna. - Ela se virou. - O que aconteceu?
- Nada aconteceu.
- Eu vou revirar todas as queixas de agressão em Nova York se você não me disser.
- Pois revire, não me importo. E solte meu braço, você está me machucando.
Até então ele não havia realizado a quantidade de força que usava contra ela, ela o fizera perder o controle. Sem mais nada dizer, ele entrou no carro e sentou-se no banco do carona, deixando que Sienna o levasse até Barry Johnson.
Os seguranças de Barry mais pareciam armários, todos eram quase gigantes e com costas largas. Era incrível como pareciam gêmeos. Foi só mostrar a identificação do FBI e Barry quis falar com os dois, pessoalmente. Sienna já esperava com isso, sabia o tipo de homem que Barry era: nojento, arrogante e extremamente seguro de si, um tipo intragável.
Também sabia que ele não ficaria surpreso de vê-la bater em seu escritório após alguns anos, mesmo não conhecendo-o tão bem, sabia daquilo. E ele nunca esqueceria seu rosto ou seu nome, disso ela tinha absoluta certeza.
Quando entraram no escritório, ele estava sentado em sua poltrona, com as mãos cruzadas em cima da mesa, parecendo um homem sério e centrado, e a repórter sabia que ele não o era. Oliver entrou primeiro e ela logo em seguida. Imediatamente o homem se levantou. Era um homem atarracado, com cabelos loiros e crespos e pequenos olhos de um verde vivo, sua aparência era quase cômica, um tipo de caricatura, mas ele era real. E nojento.
Ele andou até os dois, apertou a mão de Oliver e se deteu em Sienna, levando a mão da mesma à boca. Inconscientemente ela se retorceu de desagrado.
- Srta. Valentine.
- Johnson.
Ele sorriu, mostrando os dentes grandes e amarelados.
- Não precisamos destas formalidades, não é?
Mais do que rapidamente, Oliver se posicionou entre ambos.
- Calma, baixinho. Queremos fazer algumas perguntas sobre Gwen Volcán.
- Gwen... Entendo. - Ele se encaminhou para sua escrivaninha. - Sentem-se, sentem-se.
Eles se encaminhavam para as cadeiras quando Oliver cochicou em seu ouvido.
- Srta. Valentine, é?
- Porque duvido muito que ele possa nos ajudar do inferno.
- Inferno?
Estava transtornada, havia perdido o autocontrole que exercera durante vários anos.
- Por que você não entra logo na porra do carro?
Ele se aproximava dela lentamente.
- Em quem ele bateu, Sienna?
- Como vou saber? - Ela contraiu os ombros e tentou dar as costas para ele, mas Stone a segurou pelo braço, delicadamente.
- Ele bateu em você, Sienna?
- Não!
O grito a denunciou mais do que seu comportamento.
- Ele te bateu, não foi?
Ela levantou o queixo.
- E se foi em mim? O que você vai fazer? - Ao observar que ele estava sem reação, ela acrescentou. - Vamos logo pegar esse bastardo.
- Sienna. - Ela se virou. - O que aconteceu?
- Nada aconteceu.
- Eu vou revirar todas as queixas de agressão em Nova York se você não me disser.
- Pois revire, não me importo. E solte meu braço, você está me machucando.
Até então ele não havia realizado a quantidade de força que usava contra ela, ela o fizera perder o controle. Sem mais nada dizer, ele entrou no carro e sentou-se no banco do carona, deixando que Sienna o levasse até Barry Johnson.
Os seguranças de Barry mais pareciam armários, todos eram quase gigantes e com costas largas. Era incrível como pareciam gêmeos. Foi só mostrar a identificação do FBI e Barry quis falar com os dois, pessoalmente. Sienna já esperava com isso, sabia o tipo de homem que Barry era: nojento, arrogante e extremamente seguro de si, um tipo intragável.
Também sabia que ele não ficaria surpreso de vê-la bater em seu escritório após alguns anos, mesmo não conhecendo-o tão bem, sabia daquilo. E ele nunca esqueceria seu rosto ou seu nome, disso ela tinha absoluta certeza.
Quando entraram no escritório, ele estava sentado em sua poltrona, com as mãos cruzadas em cima da mesa, parecendo um homem sério e centrado, e a repórter sabia que ele não o era. Oliver entrou primeiro e ela logo em seguida. Imediatamente o homem se levantou. Era um homem atarracado, com cabelos loiros e crespos e pequenos olhos de um verde vivo, sua aparência era quase cômica, um tipo de caricatura, mas ele era real. E nojento.
Ele andou até os dois, apertou a mão de Oliver e se deteu em Sienna, levando a mão da mesma à boca. Inconscientemente ela se retorceu de desagrado.
- Srta. Valentine.
- Johnson.
Ele sorriu, mostrando os dentes grandes e amarelados.
- Não precisamos destas formalidades, não é?
Mais do que rapidamente, Oliver se posicionou entre ambos.
- Calma, baixinho. Queremos fazer algumas perguntas sobre Gwen Volcán.
- Gwen... Entendo. - Ele se encaminhou para sua escrivaninha. - Sentem-se, sentem-se.
Eles se encaminhavam para as cadeiras quando Oliver cochicou em seu ouvido.
- Srta. Valentine, é?
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