18.12.09

Capítulo 11

Ela se arrependeu amargamente de ter dito que ia esperá-lo do lado de fora. As mangas de seu vestido eram longas, mas o tecido não era o bastante para mantê-la aquecida.

"Aquela narcisista ingrata."

Ele a olhou de longe. Era mais teimosa do que uma criança, mesmo com frio, não se movia um milímetro.
Eles entraram no carro e a ruiva se sentiu muito mais confortável, embora, desta vez, não estivesse ligando onde seus braços estavam.

- E então? Aonde você vai ficar?
- Na minha casa. Aonde mais eu iria a essa hora?
- Talvez... Sei lá, que tal pro meu quarto?

Ela sorriu.

- Claro, George.

Ela se inclinou em sua direção, extremamente sensual.

- Eu adoraria.

Por essa ele não esperava.

- Sério?
- Claro. - Ela lhe deu um peteleco.- Que não. Agora deixe de ser idiota e dirija.
- Não se faz isso com um homem.

Ela arqueou as sobrancelhas.

- Vai me dizer que você é sensível? O ex-rebatedor com mais pontos da liga de beisebol britânica?
- Hey, isso é preconceito, sabia?
- Me desculpe. Georgia.

Ela explodiu em gargalhadas.

- Isso não teve graça alguma.

Mas ela não escutou, o murmúrio fora baixo demais.

- Muito bem. Até amanhã.

Ela estendeu-lhe a mão, simplesmente para um aperto de despedida, mas ele a puxou e colocou seus lábios nos dela com ardor. Conforme ele sentia a raiva da ruiva aumentando, ele aumentava a intensidade de seu beijo. Suas unhas, perigosamente compridas e bem cuidadas, se enterraram em seu peito, empurrando-o para longe.

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