A aceitação imediata de Oliver Stone a deixou deveras confusa, mas estava resignada, talvez ele não fosse tão difícil de se lidar. Ou talvez fosse o efeito de sua dança sobre ele. Ela sorria enquanto lembrava de como ele demorava a responder, de como seus olhos acompanhavam todos os seus movimentos.
Olhou-se no espelho do banheiro, sorria feito uma adolescente boba, recriminou-se instantaneamente. Não sorria como uma adolescente boba, não mulheres do seu tipo. Ela saiu do banheiro com suas roupas normais, não precisava mais ficar ali.
Ela apertou o pesado sobretudo contra seu corpo enquanto andava os quatro quarteirões até o apartamento que dividia novamente com Dana, não havia descoberto muita coisa sobre o Assassino, mas pelo menos que sabia que o Assassino era um "ele" e não um ponto de interrogação. E ainda havia conseguido com que Oliver a aceitasse como "parceira" na investigação. Estava indo tudo bem.
Sienna entrou no apartamento e pendurou o sobretudo azul marinho no cabideiro atrás da porta, marchando direto para seu quarto, onde novamente ela buscou o laptop e começou a redigir mais um artigo.
Quando notou, havia dormido enquanto tentava redigir um novo artigo, o barulho de seu celular a acordou e, desnorteada, ela atendeu o celular com voz pastosa.
- Sienna?
A voz de Mark chegou em seus ouvidos e ela se ajeitou na cama imediatamente.
- Petrovsky. O que quer? Eu enviei o meu artigo dois ou três dias atrás.
- O seu irmão.
- O quê? - Ela ofegou alto, por que agora, de uma hora para a outra, Spencer havia decidido procurar por ela? - Spencer foi me procurar no jornal?
- Não, ele tentou entrar na sua casa e Tracy ligou para a polícia.
- Que seja. Mark, vou demorar mais uma semana por aqui. Amanhã te entrego um novo artigo.
Antes que ele pudesse falar qualquer outra coisa, ela desligou o celular e deitou-se novamente.
0 comments:
Post a Comment