1.5.10

Capítulo 38

Cigarro nos dedos, ela caminhou para fora do prédio. Estava cansada, com fome e decepcionada, mas voltar para casa e ter que aguentar Spencer estava fora de cogitação. Ela tragou e inspirou a fumaça lentamente enquanto andava pela rua. Ao passar pela café, viu Amy sentada.

"Veja só se não é uma sorte!", agora tinha a chance de fazer mais alguém infeliz.

Sienna entrou na loja e correu para se sentar na mesa que Amy estava.

- Olá.

Amy tentou se levantar, mas Sienna foi mais rápida e a puxou de volta para a cadeira.

- Vamos lá... São quase dez anos desde que nos falamos pela última vez!
- Poderia ter sido mais.

A inspetora estava contrariada, queria ir embora imediatamente, mas Sienna não a deixaria em paz.

- Continua fumando?

Sienna lhe deu um olhar divertido.

- E alguma vez eu parei? - Depois de algum tempo, ela falou novamente. - Continua estudando feito louca e agindo feito um robô?
- Talvez, não é da sua conta de qualquer jeito.
- Hm, parece que aprendeu algumas respostas novas. Depois que parou de usar óculos tudo ficou mais fácil, não? - A ironia era explícita em seus olhos, Amy percebeu isso.

As duas se entreolharam. Apesar de insistir, Sienna não tinha muito o que falar. Faziam nove anos desde que se viram pela última vez, na festa de formatura, e as duas não pertenciam ao mesmo universo na escola. Pensando nisso, Sienna soltou seu braço e assistiu Amy deixar o lugar rapidamente.

Ela saiu logo depois, desligando o celular, sabia que Stone estava querendo falar com ela, mas ela não queria conversar com ele agora. Tomando a sua decisão, ela fez sinal para o táxi mais próximo.


Às quatro horas da manhã ela tentava achar a chave extra, jurava que havia deixado do lado do vaso de planta, mas a chave não estava lá. Ela bateu com força na porta, esperando que Spencer a abrisse para ela.

Quase derrubara a porta e nada de Spencer abrir a maldita. Ela gritou por ele e estava decidindo se deveria ou não arrombá-la quando ele a abriu.

- Enna.
- Sai da frente.

Ela passou direto pela sala e tropeçou em Nietzsche. O gato miou alto, mas ela continuou sentada no chão.

- Você está bêbada?

Ela olhou para Spencer, o irmão não tinha mudado absolutamente nada. Enquanto ela... Ela suspirou e tentou se levantar, se apoiando na mesinha de centro.

- Não. - Conseguiu dizer antes de quase cair novamente, suas pernas pareciam não a obedecer. Ele a pegou no colo e a levou para a cama.
- Você não mudou nada. - ele sorriu para ela. - Boa noite, Sienna.

"Mudei sim", precisava se convencer disso.

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